Por andar tão curvada vejo melhor a ponta dos meus passos. E admiro-me, de ensinados que estão na trilha de caminhos sempre conhecidos, não me obedecerem a mudar a direcção. Fatalmente. Porque me levam, penosos, a viagens de sons e imagens em que tu apareces, em que eu ainda sonhava com beijos que me pudesses dar. Peço aos passos que parem, mas lestos encaminham-se no conforto do espaço onde a memória lembra tempos felizes.
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©opyright Escritos Nefastos, Maria Manuel Gonzaga, 2009-2016