Que fazer das mãos quando parecem ocupar um espaço onde tocam as tuas, o teu corpo, ou sentem a vontade de levemente roçar o teu rosto, o pescoço, puxar-te a mim e não te desprender, gritar o medo da perda e apertar até o sufocar de tanto querer? Não me lembro do que te disse. Só me recordo das minhas mãos a ganharem vida própria e do medo que elas pudessem fazer o que vontade não tinha domínio para controlar.
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©opyright Escritos Nefastos, Maria Manuel Gonzaga, 2009-2016