Não tive a ousadia prometida. Mas saímos, caminhámos e porque o sol foi gentil, o banco de jardim recebeu-nos morno, entre sorrisos e lembranças daquele dia de chuva pequenina. Ali ao lado, os restos do meu coração, penso, e olho para ver se do aterro há vista que alcance os pedaços mas a relva e alguns malmequeres cobrem coloridos um montinho encantador. Um ar leve toca-me, olho-o nos olhos e seguro-lhe as mãos. Sinto os lábios a pegarem os meus, quentes e húmidos. Toda a certeza do meu peito bate acelerada. Nada está naquela terra.
.../...
 
©opyright Escritos Nefastos, Maria Manuel Gonzaga, 2009-2016