O tempo quente traz o sabor das flores. Dei comigo no nosso banco de jardim. Talvez inebriada pelo perfume do ar, as recordações vieram em ondas como se a tua presença ao meu lado fosse tão real quanto o sol a bater no meu rosto. Mas dizias-me coisas nessas lembranças, que não estou muito certa que tenham acontecido. Eram demasiado belas, demasiado apaixonadas, demasiado verdadeiras para que fossem a verdade do que guardei. Dei comigo no banco do jardim, bêbeda de saudades e desejei que o Inverno chegasse para me curar.
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©opyright Escritos Nefastos, Maria Manuel Gonzaga, 2009-2016